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Míssil balístico do Hezbollah é abatido a caminho do serviço secreto israelense

Por Moises Rabinovici

Míssil balístico do Hezbollah é abatido a caminho do serviço secreto israelense
Reuters

O Hezbollah estreou um míssil balístico contra Tel Aviv, nesta quarta-feira, mesmo depois de ter sofrido “os bombardeios mais pesados da história da guerra moderna”, segundo o jornal New York Times. O míssil iraniano Qader-1 foi abatido a caminho de seu alvo, uma instalação do Mossad, o serviço secreto israelense responsável pela explosão de pagers e walkie talkie, e a execução dos principais líderes do Hezbollah, em Beirute.

O porta-voz militar de Israel informou, uma hora depois de interceptado o míssil, que bombardeou o local de onde ele foi lançado, Nafakhiye, no sul do Líbano. Drones vindos do Iraque, disparados pela Resistência Islâmica, também foram abatidos pela defesa aérea israelense.  

Os bombardeios pesados tinham o objetivo de silenciar “em curto prazo” os disparos do Hezbollah, diários desde 8 de outubro passado, em solidariedade ao Hamas, em Gaza. Nesta quarta-feira, porém, outros 40 mísseis de médio alcance e drones despertaram as sirenes em cidades como Zichron Yaakov, Yokneam, e ao sul de Haifa, Carmel e Wadi Ara. O comando das IDF, ou Forças de Defesa de Israel, ameaça entrar com soldados em território libanês. Tanques e infantaria já estão concentrados diante de potenciais portas de invasão.

A aviação israelense partiu para uma retaliação descrita como “ampla” em cem alvos no Vale de Bekaa. As mensagens em árabe divulgadas por Israel na região dos ataques alertavam aos libaneses que fugiram de suas casas que “não era hora ainda de voltar”. Os deslocados no Líbano são 500 mil, na conta do Ministério de Relações Exteriores libanês. Muitos foram para as montanhas e outros, para a Síria. Os do norte de Israel são 60 mil.

Nesta quarta-feira, até a metade do dia, dez pessoas morreram sob os ataques de Israel No início da ofensiva aérea, foram 550 mortos e 1.800 feridos, o maior número desde o final da guerra civil que terminou em 1990. A pergunta em Israel é o que vai acontecer aos reféns em Gaza? As negociações mediadas pelo Catar, Egito e EUA estão suspensas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, não tem se comunicado nos últimos dias, provocando rumores, não confirmados, de que poderia estar ferido.

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