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Ministro do Trabalho sugere que Senado demita presidente do BC se Selic não cair

“Acho que o Senado precisa observar o comportamento [do BC], agora, para a próxima reunião, da semana que vem”, disse o ministro Luiz Marinho à Band

Da redação com BandNews TV

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, cobrou providências do Senado contra a presidência do Banco Central (BC), caso a autarquia não reduza a taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para os dias 1º e 2 de agosto.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75%. Isso significa que o Brasil tem os juros reais mais altos do mundo. Para Marinho, esse percentual não se justifica, dada a estabilização da inflação no Brasil, o que pode motivar o Senado a cobrar explicações e até mesmo demitir o presidente da autarquia, Campos Neto.

“O Banco Central, é autônomo, mas ele deve explicação ao Senado da República. O Senado é que pode chamar e analisar. Se eles não tiverem cumprindo, adequadamente, a constitucionalidade e independência do Banco Central, tomar medida medidas, inclusive de demissão do presidente do Banco Central. Só o Senado pode”, mencionou Marinho.

A declaração de Marinho foi dada em entrevista ao BandNews TV, na tarde desta sexta-feira (28), dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a queda de 8% na taxa de desemprego, a menor para o 2º trimestre desde 2014. O recuo foi de 0,8 ponto percentual em relação ao 1º trimestre.

“Acho que o Senado precisa observar o comportamento [do BC], agora, para a próxima reunião, da semana que vem. Em continuar nessa batida, o Senado tem que tomar providência”, continuou Marinho.

De acordo com o ministro, se os juros estivessem menores, a geração de empregos formais, conforme dados da última quinta-feira (27) divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no 1º semestre, poderia ser melhor.

“A soma de 1.023.540 milhão de empregos no primeiro semestre poderia ser melhor. É disso que se trata. A gente pede sanidade para o pessoal do Banco Central, que inicie, imediatamente, a redução dos juros até para salvar o segundo semestre, porque pode ser mais ou menos, a depender do comportamento de crédito que vai ser oferecido”, comentou o ministro.

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