O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, rejeitou os embargos de declaração do ex-procurador Deltan Dallagnol, do Podemos, em um processo referente à Operação Lava Jato em que ele é investigado.
A decisão foi baseada no risco de prescrição das suspeitas de irregularidades e dano aos cofres públicos com o pagamento em diárias e passagens a cinco procuradores da Lava Jato entre 2014 a 2021, entre eles Dallagnol. Bruno Dantas alegou risco de prescrição da ação.
A investigação havia sido suspensa no início do mês pelo juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Federal de Curitiba, que considerou o procedimento ilegal.
O processo foi retomado depois que o presidente do STJ, Humberto Martins, derrubou a decisão da Justiça do Paraná e reativou a investigação. Um relatório da área técnica do TCU já havia apontado que não houve irregularidade nos pagamentos questionados.
Em defesa apresentada ao tribunal, Deltan alegou que a tomada de contas feita pelo TCU foi "sem elementos probatórios suficientes", e que a opção adotada pela sua equipe foi legítima e econômica.
Dallagnol é pré-candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Podemos, no Paraná, mas pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa caso seja condenado no processo.