Ministro cita “prioridade” ao Mercosul em referência a acordo da China e Uruguai

Acordo de livre comércio entre China e Uruguai pode colocar o fortalecimento do Mercosul em risco

Da redação

Ministro Paulo Pimenta comenta acordo entre Uruguai e China
Valter Campanato/Agência Brasil

Um acordo entre o Uruguai e a China que pode comprometer o Mercosul está no centro dos debates do governo brasileiro relativos aos compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Argentina. A intenção do Brasil é fortalecer o bloco sul-americano e não apenas demandas individuais dos países locais.

Nesta terça-feira (24), em entrevista coletiva, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), disse o Brasil quer dialogar com o Uruguai, classificado por ele como um “país amigo”. Segundo o petista, o Mercosul deve ser prioridade nas estratégias econômicas regionais. 

“Nós esperamos que esse sinal e compromisso seja suficiente para que cada um dos países recoloque o tema do Mercosul como prioridade nas estratégias econômicas. Nós queremos dialogar com todos, particularmente com o Uruguai, um país tão próximo, tão amigo nosso, para que possamos pensar uma estratégia na região não como uma estratégia individual em cada país, mas como uma estratégia comum dentro do bloco”, respondeu Pimenta.

Reaproximação do Brasil

O ministro argumentou que, com o afastamento do Brasil das demandas da América do Sul e da América Latina, houve o enfraquecimento das instituições que representam os países locais (Mercosul, Unasul e Celac). Com o retorno brasileiro a essas pautas, o cenário pode mudar.

“A partir do momento em que o Brasil retorna para a Celac, a partir do momento em que o Brasil retoma o tema do Mercosul e da Unasul com força, é evidente que, pela força econômica, política, geográfica e tudo aquilo que o Brasil representa, isso altera esse cenário”, disse o ministro. 

O acordo…

O acordo em negociação entre China e Uruguai prevê o livre comércio entre os dois países, o que está na contramão dos planos do Mercosul. Acontece que Tarifa Externa Comum do bloque pode ser colocada em xeque, o que comprometerá negócios futuros.

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