O Ministério da Saúde vai fazer um estudo para analisar a eficácia da aplicação de uma terceira dose nas pessoas que tomaram a CoronaVac.
O estudo, realizado em parceria com a universidade de Oxford, começa em duas semanas. As vacinas serão aplicadas em pessoas que tomaram as duas doses do imunizante produzido no Instituto Butantan há mais de seis meses.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Sue Ann Costa, a ideia é avaliar a efetividade do imunizante a longo prazo.
Serão 1.200 voluntários de São Paulo e Salvador, que serão divididos. Cada grupo vai tomar uma dose de reforço de uma vacina diferente: Pfizer, Jansen, Astrazeneca e Coronavac.
Os pesquisadores vão avaliar qual grupo produzirá mais anticorpos e os efeitos da aplicação de vacinas diferentes.
No entanto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que não foi informado pelo Ministério da Saúde sobre os estudos e que só soube da pesquisa através da imprensa.
A discussão sobre a necessidade de uma terceira dose acontece em outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, a Pfizer vai pedir autorização, no mês que vem, para uma vacina de reforço. O governo americano diz que, por enquanto, não há necessidade.
No Brasil, o foco ainda é aplicar a primeira dose em todos os adultos. A previsão é que isso aconteça até setembro, como prometeu o ministro da Saúde em pronunciamento agora à noite.