O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou uma nota nesta terça-feira (11) onde esclarece que as afirmações feitas pela ex-ministra da pasta, Damares Alves, foram apresentadas com base em numero de inquéritos instaurados contra criança e adolescentes.
O comunicado diz que um programa na região foi criado como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, Além disso, informa que investiu cerca de R$ 950 milhões no desenvolvimento do Marajó.
A senadora eleita pelo Distrito Federal disse no último sábado (8), durante culto religioso que crianças do Marajó, no Pará, são traficadas para o exterior e são submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
Ela afirmou, ainda, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos” e que no MMFDH há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas. Segundo Damares Alves, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
MPF cobra provas dos crimes citados por Damares Alves
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício nesta segunda-feira (10) à secretária executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Tatiana Barbosa de Alvarenga, com solicitação de informações sobre supostos crimes contra crianças que a ex-titular do ministério Damares Alves anunciou ter descoberto em visita ao arquipélago do Marajó (PA).
Membros do MPF no Pará pedem à Secretaria-Executiva do MMFDH que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O MPF também pede que o MMFDH informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve representação (denúncia) ao Ministério Público ou à Polícia.