A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), notificou a companhia aérea Qatar Airways após a modelo brasileira Juliana Nehme acusar a empresa de gordofobia. Ela teve o embarque negado por se recusar a pagar por mais um acento.
Nas redes sociais, a modelo contou que funcionários no aeroporto de Beirute, no Líbano, barraram a entrada dela no avião por ser “gorda demais”. Segundo relatou, Nehme só poderia embarcar se comprasse uma passagem a mais. Devido a isso, o MJSP deu prazo de 10 dias para a Qatar Airways apresentar informações.
A Senacon quer entender por que a companhia impediu a modelo sob a condição de comprar mais bilhete por ser “demasiadamente gorda”. O órgão apura “prática infrativa” na prestação de serviços da empresa.
“Com base nessas informações e em relatos da consumidora nas redes sociais, a Senacon apura se houve prática infrativa na prestação de serviços do grupo Qatar Airways Group, uma vez que a conduta da companhia pode afetar inúmeros cidadãos brasileiros em condições iguais a da consumidora em questão”, diz a nota do MJSP.
A Senacon pediu esclarecimentos sobre quais são as medidas operacionais que foram ou são adotadas para eliminar situações como a vivida pela modelo. O ministério também cobrou explicações sobre a política praticada pela empresa direcionada a passageiros obesos.