A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informou nesta quarta-feira (22) que o resultado do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como mal da “vaca louca", em um animal de nove anos, foi positivo. Com a confirmação do governo estadual, o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente a exportação de carne para a China a partir desta quinta-feira (23).
Em nota, a Adepará relatou que o caso foi identificado em uma pequena localidade do sudeste do Pará, em uma propriedade com 160 cabeças de gado. O local foi isolado, inspecionado e interditado de forma preventiva.
“A sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”, afirmou a Adepará.
Para confirmar o diagnóstico, a Agência coletou amostras do animal, que foram enviadas para um laboratório no Canadá “para tipificação do agente, se clássica ou atípica”.
O que diz a Agricultura?
Diante da confirmação, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que está tomando todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras.
“O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado”, disse em nota.
O ministro da pasta, Carlos Fávaro, pontuou que o assunto está sendo tratado com transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade do produto.
O que é o mal da “vaca louca”?
A Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como mal da “vaca louca”, é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso dos bovinos e altera o comportamento dos animais, de maneira agressiva, que é a razão do apelido.
A doença é causada pela proteína infecciosa de nome príon, que está presente no cérebro de vários mamíferos e também de seres humanos, que pode ser anormal ou patogênica.