A Polícia Civil confirmou que a milícia liderada por Zinho, irmão de Ecko, foi responsável pela morte e ocultação do cadáver de empresário desaparecido desde a última sexta-feira (24). O crime foi cometido na Favela do Rodo, zona oeste do Rio.
As informações obtidas com exclusividade pela Band dão conta de que Alberto César Romano Júnior, de 33 anos, tinha uma forte ligação com a milícia.
Embora ele fosse empresário e estivesse abrindo uma distribuidora de bebidas em Minas Gerais, ele também realizava diversas transações imobiliárias para o grupo paramilitar.
Para os investigadores, Romano que era responsável pela regularização de terrenos da milícia na zona oeste do Rio, teria sido morto justamente por um problema durante uma dessas transações.
Segundo a delegada Ellen Souto, Romano tinha uma estreita amizade com Ecko, com quem mantinha encontros semanais com o miliciano, morto em junho.
Ele foi visto a última vez em uma barbearia na Barra da Tijuca. Segundo a Polícia, ao sair do local, ele foi direto ao encontro de um homem que o levou para o bairro de Paciência. A Polícia conseguiu rastrear, pelo GPS, que o carro de Romano passou por Santa Cruz, Cosmos e Paciência no dia do desaparecimento - o veículo foi encontrado próximos desses bairros, na também na zona oeste.
Ainda segundo a delegada, Romano já vinha se preocupando com a relação dele com a milícia, quando houve o racha entre Zinho e Tandera, após a morte de Ecko.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é de homicídio e ocultação de cadáver cometido na Favela do Rodo, zona oeste. Os agentes ainda procuram pelos restos mortais do empresário.