O Metrô de São Paulo, em greve desde a madrugada da quinta-feira (23), voltou a funcionar normalmente às 12h45 da sexta-feira (24). As atividades das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha e 15-Prata estão em operação total.
A volta aconteceu de forma gradual, conforme os trabalhadores voltavam aos postos de trabalho. O Sindicato dos Metroviários aceitou a proposta do Metrô, de pagamento de abono salarial de R$2 mil em abril e entrada no programa de participação dos resultados em 2024.
Além disso, a proposta prevê que nenhum empregado sofrerá desconto por falta em virtude da greve e que ninguém será punido pela retirada do uniforme.
O rodízio de veículos continua suspenso na sexta-feira (24). Repartições públicas municipais e estaduais da cidade e da região metropolitana de São Paulo funcionam com ponto facultativo - o funcionário decide se vai trabalhar ou não.
Quais linhas estão paralisadas?
Nenhuma. As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata voltaram ao funcionamento normal. Com retomada gradual, conforme funcionários voltavam aos postos de trabalho, o metrô chegou a 100% da operação às 12h45 da sexta-feira (24).
As linhas 4-Amarela, 5-Violeta, 8-Diamante e 9-Esmeralda são de concessionárias, portanto não são afetadas pela greve e seguem com operação normal.
Ponto facultativo
O governador do estado, Tarcísio de Freitas, decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana de São Paulo nesta sexta-feira (24).
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também decretou ponto facultativo nos serviços públicos da cidade, com exceção dos essenciais, como a rede municipal de ensino.
Rodízio está suspenso?
Sim, foi suspenso na quinta-feira (23) e continua assim nesta sexta-feira (24). A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade e Trânsito e da Companhia de Engenharia de Tráfego, suspendeu o Rodízio Municipal de Veículos.
Continuam valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF); e as proibições de circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus, conforme sinalização.
CPTM está paralisada?
Não. Todas as linhas de trem, da CPTM e da Via Mobilidade, seguem em funcionamento normal.
Quando começou a greve?
Às 0h da quinta-feira (23). Os metroviários reivindicam o pagamento de participação nos resultados e abono que estariam atrasados.
Por que os metroviários estão em greve?
A paralisação foi anunciada na quarta-feira (22) pelo Sindicato dos Metroviários, após uma reunião com a direção do Metrô e o Tribunal Regional do Trabalho terminar sem acordo.
O sindicato reivindicava um abono acordado anteriormente, mas a empresa afirmava que “não tinha condições financeiras” de efetuar o pagamento
Como alternativa à greve, a associação buscava operar com catraca livre. Os metroviários informaram que os funcionários estavam prontos para retornar o trabalho, mas que o acordo foi rompido pelo Governo de São Paulo.
A pedido do Metrô, a Justiça emitiu uma liminar que determina o funcionamento de 80% do serviço de transporte o nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e com 60% nos demais horários, durante todo o período de paralisação.
Em assembleia desta quinta-feira (23), o sindicato havia aceitado proposta feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para pôr fim à greve e pediu posicionamento do Metrô e Governo de São Paulo até as 23h.
A companhia não se posicionou e o transporte iniciou o dia funcionando em plano de contingência, com alguns trechos em operação. Na manhã da sexta-feira (24), o Metrô apresentou nova proposta, que foi aceita pelo sindicato.