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Metrô de SP entra no segundo dia de greve e tem operação reduzida

Plano de contingência foi aberto às 6h45 em algumas estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha

Da redação, com Agência Brasil

Metrô de SP entra no segundo dia de greve e tem operação reduzida
Fernando Frazão/Agência Brasil

O Metrô de São Paulo entrou nesta sexta-feira (24) no segundo dia de greve depois que as novas tentativas de acordo entre o Sindicato dos Metroviários e a companhia fracassaram. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionam desde as 6h45 em operação reduzida pelo plano de contingência e 80% da capacidade.

O plano de contingência vai até as 10h e retorna das 17h às 20h. O número de estações abertas é limitado, veja abaixo:

Linha 1-azul: de Ana Rosa a Luz 

Linha 2-verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas 

Linha 3-vermelha: de Santa Cecília a Bresser-Mooca 

A Linha 15-prata permanece fechada. As linhas 4-amarela e 5-lilás funcionam normalmente, assim como todas as linhas CPTM e de ônibus.

Em assembleia encerrada às 21h40, os metroviários condicionaram o retorno aos trabalhos a uma de duas condições: o Metrô aceitar a proposta do MPT ou a empresa permitir a operação dos trens sem a cobrança de passagens, a chamada catraca livre, enquanto durarem as negociações.

A proposta apresentada hoje pelo MPT sugeria o pagamento do valor de abono de R$ 2.500 por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022; o cancelamento de punições e garantia de não retaliação aos grevistas; e a ausência de descontos dos dias parados, em razão da greve.

Em nota, divulgada às 23h08, o Metrô não faz referência à proposta do MPT e nem a liberar as catracas. “A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros nesta sexta”, disse o texto da nota.

A companhia ainda disse que obteve na justiça uma liminar que determina o funcionamento de 80% do serviço do metrô nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e 60% nos demais horários durante todo o período de paralisação.

No entanto, na noite da quinta-feira, a juíza Eliane Aparecida da Silva Pedroso, do TRT, proferiu decisão em sentido diferente da obtida pelo Metrô ainda pela manhã. A magistrada decidiu não fixar um quantitativo mínimo de funcionários que devam trabalhar durante a greve, e permitiu a adoção da catraca livre nas estações do Metrô.

No entendimento da juíza, como há duas decisões em sentidos diferentes, os metroviários poderão escolher uma das duas. “Se mantiver a minha decisão, haverá duas decisões e o sindicato vai optar por aquela que é conveniente a ele”, explicou ao fim da audiência de conciliação.

A juíza ainda multou o Metrô em R$ 100 mil por anunciar publicamente, na manhã de hoje, que aceitaria liberar as catracas e, ao mesmo tempo, entrar na justiça, com mandado de segurança, pedindo que a medida – a liberação das catracas – fosse proibida.

Ponto Facultativo

O governador Tarcísio de Freitas decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital paulista e região metropolitana nesta sexta-feira (24). A medida será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (24).

O prefeito Ricardo Nunes também decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital, com exceção de serviços essenciais como serviço funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana. A exemplo da decisão do governador, medida será publicada no Diário Oficial de sexta-feira.

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