Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente do Condisi-YY (Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana), Júnior Hekurari Yanomami, afirmou que uma menina de 12 anos morreu nesta segunda-feira (25) após ser estuprada por garimpeiros.
"Meu povo me comunicou que os garimpeiros invadiram a comunidade Aracaça, levaram uma mulher e uma adolescente. Eles violentaram a adolescente causando o óbito. Também me informaram que havia uma criança junto com a mulher levada. A criança está desaparecida dentro do rio", disse.
De acordo com Hekurari, o Exército e a Polícia Federal (PF) foram comunicados sobre o ocorrido ainda na segunda, data do crime.
Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que "busca junto às instituições competentes a apuração do caso e acredita que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima".
As terras do povo ianomâmi são alvos frequentes de garimpeiros. As ações, cada vez mais violentas, têm terminado em conflitos armados que resultam em mortes.
Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL