A execução de três médicos na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, repercutiu na imprensa internacional. Jornais dos Estados Unidos, Argentina, Inglaterra, Índia, entre outros países, noticiaram o crime.
Marcos de Andrade Corsatto, de 63 anos, Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33, também foram mortos. Os três saíram de São Paulo para participar de um congresso em um hotel na capital fluminense. Um quarto homem, Daniel Proença, de 31 anos, também ficou ferido.
Uma das vítimas do ataque que matou três médicos ortopedistas na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Diego Ralf Bomfim.
O crime foi flagrado por câmeras de segurança. As imagens mostram que três bandidos saem de um carro branco, atiram contra as vítimas, que estavam sentadas em uma mesa no quiosque, voltam para o veículo e fogem. Ao noticiar o caso, o jornal “La Nación” destacou que os médicos foram “executados a sangue frio”.
O jornal Washington Post e a emissora ABC, dos Estados Unidos, publicaram sobre a possibilidade de ter sido um “ataque com motivação política”.
O britânico The Guardian destaca que a Polícia Federal irá acompanhar as investigações da polícia do Rio de Janeiro, que foi determinado pelo ministro Flávio Dino. No texto, o jornal lembra que Sâmia Bomfim pertence ao mesmo partido de Marielle Franco, que foi assassinada a tiros em 2018, também no Rio de Janeiro.
O Breaking News Network, de Hong Kong, chamou o assassinato dos médicos de “trágico”. “Em um incidente inesperado e horrível, três médicos morreram tragicamente. A comunidade local, juntamente com a comunidade médica, ficaram em estado de choque”, disse a publicação.
Linha de investigação
A principal linha de investigação do ataque a tiros contra médicos na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, é que as vítimas foram baleadas por engano. A informação foi divulgada a pouco e confirmada pela repórter Yasmim Bachour, da TV Bandeirantes.
Os investigadores trabalham com a hipótese que o alvo era um filho de um dos principais chefes da milícia da região de Jacarepaguá, Taillon, que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. Ele é o que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de colegas.
Segundo laudo do IML, cada um dos três médicos foi atingido por pelo menos cinco disparos em várias partes do corpo, mas o que matou foi o disparo no coração.