Mauro Vieira chefiará delegação brasileira no Brics após acidente doméstico de Lula

Presidente levou alguns pontos na parte de trás da cabeça após escorregar e cair; cancelamento da viagem foi por recomendação médica

da redação

Mauro Vieira chefiará delegação brasileira no Brics após acidente doméstico de Lula
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores
Reuters

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado pelo governo brasileiro para chefiar a delegação do país que participará da cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia. 

A informação foi divulgada pelo Itamaraty na tarde deste domingo (20), logo após o Palácio do Planalto informar que, por recomendação médica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a participação presencial no evento.

Segundo informações do Hospital Sírio Libanês, em Brasília, o presidente deu entrada no local no sábado (19) devido a um acidente doméstico, com "ferimento corto-contuso em região occipital". A Band apurou que Lula levou alguns pontos na parte de trás da cabeça, um pouco acima da nuca, após escorregar e cair no banheiro de casa. 

“O ministro Mauro Vieira foi designado para chefiar a delegação brasileira que participará da cúpula dos BRICS, em Kazan, na Rússia. O Ministro embarca esta noite para participar da reunião. O Presidente Lula participará virtualmente da sessão de chefes de Estado dos países membros”, informou o Itamaraty em nota. 

Cúpula dos Brics

Será o primeiro encontro com os novos países-membros do bloco desde a admissão da Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes. A cúpula vai de 22 a 24 de outubro.

Apesar de não ter uma pauta específica, o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, disse que o tema principal do encontro deve ser a criação de um modelo de adesão aos Brics por parte dos chamados “países parceiros”. Uma categoria de participação sem as mesmas prerrogativas dos países-membros, com direitos plenos.

Entre os outros temas que deverão ser abordados no encontro estão a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além da análise dos relatórios do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) - comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff -, do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres.

O governo russo informou que 32 países confirmaram presença no evento, com a presença de 24 líderes de Estado. Dos dez países-membros do bloco, oito contarão com seus representantes máximos, com a exceção agora do presidente do Brasil e da Arábia Saudita, que enviará seu ministro de Relações Exteriores.

No encontro, deve ser anunciada também uma declaração cujo teor é o fortalecimento do multilateralismo para um “desenvolvimento global justo e seguro”.

A partir do próximo ano, o Brasil assumirá a presidência do Brics, que tem comando rotativo pro tempore com mandatos de um ano.

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