O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta sexta-feira (10) que mantém contato com autoridades de Israel e do Egito, além de representantes de outros países, para viabilizar a saída do grupo de 34 pessoas monitoradas pelo governo federal para deixar a Faixa de Gaza.
Segundo o ministro, o grupo foi deslocado para a região da passagem de Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, porém os nacionais não conseguiram deixar o enclave porque o posto de controle não estava aberto e que a situação na região impede cravar uma data da saída de brasileiros.
“Estamos em contato reiterado com todas as partes e esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rápido prazo possível. Os nomes já foram entregues, fazem parte da lista dos que foram autorizados a cruzar (a fronteira), onde estão brasileiros e nacionais de outros países. Mas, até o momento, nenhum desses nacionais cruzou nesses últimos três dias”, pontuou.
Mauro Vieira declarou que o Ministério das Relações Exteriores continua trabalhando de forma constante com as autoridades dos países diretamente envolvidos no conflito do Oriente Médio para que os brasileiros possam cruzar a passagem de Rafah.
"A situação em Gaza não me permite dizer se será hoje, ou amanhã, ou quando. É uma região conflagrada, e são inúmeras as questões que dificultam a abertura. Mas o governo brasileiro tem mantido, e eu pessoalmente, os encontros com as autoridades constituídas dos países envolvidos. Contatos do mais alto nível, como sempre, examinando a possibilidade da libertação dos brasileiros no menos prazo possível, junto com os nacionais de outros países", afirmou Vieira.
O chefe do Itamaraty reforça que a lista de nacionais não é das maiores por ter 34 pessoas na relação. “Há países que têm números maiores. A passagem é complexa, porque a passagem de Rafah fica aberta durante algumas horas por dia e há um entendimento entre as partes de que primeiro passam as ambulâncias com feridos, só depois os nacionais de outros países", disse Vieira.
Ao ser questionado, Mauro Vieira informou que, até o momento, o governo brasileiro recebeu o pedido de repatriação apenas dessas 34 pessoas, que já consta na lista de autorizados a deixar o enclave.