Marina defende desmatamento zero e cobra contribuição mundial pela Amazônia

'Nós podemos reduzir o desmatamento da Amazônia para zero', disse a ministra Marina Silva no Fórum Econômico de Davos

Da redação

Marina defende desmatamento zero e cobra contribuição mundial pela Amazônia
Marina Silva
REUTERS/Adriano Machado

A ministra do meio ambiente Marina Silva participou do painel sobre o Brasil no Fórum Econômico Mundial, ao lado de Fernando Haddad, na manhã desta terça-feira (17). Ela falou sobre COP 30, redução de CO2, bioeconomia, pediu ajuda internacional para preservação do meio ambiente e informou que a meta é zerar o desmatamento no país até 2030. 

“Nós podemos reduzir o desmatamento da Amazônia para zero, mas se o mundo continuar emitindo CO2, usando combustível fóssil, a Amazônia será destruída igualmente. É para mostrar que cada um tem responsabilidade comuns, porém diferenciadas com a proteção dessa imensa riqueza natural que temos”, informou a ambientalista. 

Marina reitera que o Brasil tem um compromisso na proteção do bioma, que é tão importante para o mundo, mas reforça, novamente, que a responsabilidade de preservação ambiental não é só do país e que “precisamos de parcerias, precisamos de cooperação tecnológica, mas precisamos, sobretudo, que o mundo também faça sua parte”. 

Segundo ela, o Brasil se compromete a reduzir a zero o desmatamento ilegal até 2030. “Nós concordamos que deve ser preservada algo em torno de 30% das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, mas o Brasil quer dar uma contribuição para a mudança climática e não só do ponto de vista do que internamente nós somos capazes de fazer, mas ajudando a que se tenha avanço além da regulação”.

Economia 

Marina Silva informou que o Brasil quer liderar uma iniciativa global sobre florestas e o país já está em diálogo com outras nações com mega florestas, para ter uma meta global de perda florestal e reforça que o compromisso interno é ter desmatamento zero. 

"Nosso compromisso é fazer o Brasil transitar entre uma economia intensiva em carbono para uma economia de baixo carbono, a transição energética, a bioeconomia, são todos investimentos”, disse. A ministra do meio-ambiente afirmou que o governo federal, com os governadores do estado da Amazônia, está investindo para colocar de pé a economia sustentável.. 

COP no Brasil

“Acho que quando o Lula candidatou o Brasil para sediar a COP 30 na Amazônia, era ali uma demonstração de que nós temos enunciado que somos grandiosos, mas que nós queremos que isso se materialize na prática (...). Ter a Conferência do Clima no Brasil é exatamente um sinal de que nós queremos alcançar esse objetivo”, pontuou a ministra do Meio Ambiente. 

Marina Silva lembra que o Brasil havia saído, mas voltou para o mapa da fome, que o país tinha um ciclo virtuoso no caminho para redução do desmatamento e voltou a bater recordes de destruição do meio ambiente. Ela diz que o anúncio de Lula, de concorrer para sediar a Conferência do Clima foi: voltar para a cena global do multilateralismo climático, compromisso com metas que são ambiciosas, tanto com relação ao clima quanto à biodiversidade.

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