A crise dentro do PSDB antecipa a corrida eleitoral nas esferas estadual e federal. Doria vem se articulando com aliados para ser presidente nacional do partido tucano, assim o governador teria o controle sobre a escolha do candidato do partido. As informações são do jornalista Marco Antônio Sabino em sua coluna “Insights”, na Rádio Bandeirantes (ouça acima).
Além disso, teria controle sobre a divisão de verbas para as eleições a governador em todo o país.
Atualmente, Bruno Araújo é o atual presidente nacional do partido tucano, mas o mandato termina em maio e o político manifestou desejo de seguir no cargo. Contudo, Doria prefere assumir o cargo do que indicar alguém.
A dificuldade de Doria, no momento, é a falta de apoio unanime dentro do próprio partido.
Nomes como o do ex-chanceler e ex-vice-governador Aloysio Nunes e também o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro, de Minas Gerais e ligado a Aécio Neves, são contra as pretensões de Doria pela liderança no partido. Por ora, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não se manifestou sobre a disputa.
O cenário se complicou ainda mais quando 14 dos 31 deputados da bancada do PSDB na Câmara votaram contra Baleia Rossi (DEM-SP), candidato apoiado pelo governador na disputa pelo comando da casa e optaram por Arthur Lira (PP-AL), que foi apoiado por Bolsonaro, o que mostra um racha na bancada do PSDB.
João Doria está envolvido em outras duas frentes beligerantes: a disputa pela sucessão dele em no governo de São Paulo, que pode colocar seu atual vice Rodrigo Garcia, que é do DEM e poderia até migrar ao PSDB, brigando com Geraldo Alckmin, velho cacique tucano.
Além disso, há uma briga interna de outro partido importante para a candidatura de Doria para o Planalto em 2022, o DEM, enfrenta uma forte disputa entre Rodrigo Maia e ACM Neto.
Alguns caciques do PSDB avaliam o nome do atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como o ideal concorrer à presidência do partido. Ele se colocou contra o movimento de Doria, o que obrigaria o partido a realizar prévias.
Se o PSDB não estiver fechado e unido apoiando o governador João Doria, poderia deixar o partido.
O plano A de João Doria ainda é ser candidato à presidência da república pelo PSDB.