A guerra entre Rússia e Ucrânia completa uma semana nesta quarta-feira (02). Depois de sete dias de combates, forças russas bombardearam a sede do governo da segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, uma enorme coluna blindada está dirigindo rumo à capital, Kiev, e mais de 680 mil ucranianos já fugiram do país.
De acordo com o Instituto de Estudos da Guerra, think thank com sede nos EUA, as forças russas estão engajadas em quatro eixos: um principal (Kiev) e outros três de suporte: Kharkiv, Donbas e Crimeia.
Nos últimos dias, Kiev esteve sob forte bombardeio à medida que as forças de invasão russas intensificam sua ofensiva e se aproximam da capital em uma aparente tentativa de cercá-la.
A longa coluna que se aproxima de Kiev pelo noroeste, que foi registrada em imagens de satélite, consiste em vários caminhões e um número indeterminado de veículos de combate. Elementos de combate adicionais estão em posições defensivas, provavelmente protegendo o comboio contra possíveis ataques ucranianos.
As forças russas continuam a se concentrar em Belarus, provavelmente para apoiar operações contra Kiev.
Paraquedistas russos desembarcaram na segunda cidade da Ucrânia, Kharkiv, nesta madrugada, após vários dias de bombardeios que mataram ou feriram dezenas de civis. Autoridades locais reafirmam que ainda estão no controle da cidade. Mas, de acordo com o Instituto, as forças russas continuam incapazes de tomar a cidade e aparentemente se concentraram em um bombardeio aéreo, de mísseis e de artilharia.
Guerra de narrativas
As forças russas afirmaram ter completado o cerco de Mariupol por terra e mar em 1º de março. Mas o Estado-Maior ucraniano informou a cidade ainda não está ocupada. Na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, o exército russo afirma ter capturado a cidade. Mas o prefeito diz que a região ainda está sob controle das forças ucranianas.
A ONU afirma que mais de 830 mil pessoas fugiram da Ucrânia, sendo que mais de 450 mil cruzaram a fronteira para a Polônia. A Comissão Europeia propôs a concessão de proteção temporária aos refugiados do conflito na Ucrânia, incluindo uma autorização de residência e acesso ao emprego e assistência social.
A China confirmou que não vai aderir às sanções financeiras dos EUA e da UE à Rússia. O governo de Pequim afirma que sanções não funcionam. Enquanto isso, a Apple disse que interromperá todas as vendas de produtos na Rússia --outras grandes empresas, incluindo a fabricante de aeronaves Boeing, a empresa de esportes Nike e as montadoras Ford e Jaguar Land Rover se juntaram à lista de empresas que suspendem seus laços com a Rússia.
