Manifestantes invadiram neste sábado (9) o Palácio Presidencial do Sri Lanka onde vive o presidente Gotabaya Rajapaksa e colocaram fogo na residência do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe. O país asiático vive a maior crise desde a sua independência, em 1948.
Nenhum dos dois governantes estava em casa no momento da invasão. Segundo a imprensa local, Rajapaska prometeu deixar o governo até quarta-feira (13). Já o primeiro-ministro renunciou ao cargo. Outros membros do governo do Sri Lanka também anunciaram a renúncia neste sábado.
Imagens mostram que os manifestantes entraram nas dependências do palácio, sentaram no sofá e fizeram selfies. Já na casa do premiê, muitos manifestantes pularam na piscina.
A revolta ainda teve como alvo outros prédios públicos como a secretaria presidencial e o Ministério das Finanças. O protesto reivindica mudanças no governo, que começou com a falta de dólar e a paralisação nas importações de combustíveis, alimentos e remédios.
A inflação atingiu 54,6% em junho e deve chegar a 70% nos próximos meses. O governo negocia com o Fundo Monetário Internacional um empréstimo de US$ 3 bilhões de dólares, uma reestruturação de parte da dívida externa e procura dinheiro emprestado em órgãos internacionais. A economia do Sri Lanka é muito dependente do turismo para obter dólares, e, com a Covid-19, o país ficou sem sua principal receita.
