O Secretário-Executivo da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel Alvaro Batista Camilo, destacou nesta segunda-feira (6) o “profissionalismo” dos policiais civis e militares da ativa – que, segundo ele, não participarão de manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no feriado de 7 de setembro.
Em entrevista ao programa Manhã Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes, Coronel Camilo assegurou que os policiais foram orientados a evitar manifestações políticas – a Constituição veta a policiais militares o direito a greve. No entanto, segundo ele, não há restrições para policiais da reserva.
“Nós temos os veteranos, aqueles policiais militares que estão na reserva. Esses podem participar, integrar partidos políticos. Está na legislação. Diferente do policial da ativa. O policial da ativa tem um profissionalismo sem tamanho”, destacou.
“A tendência de policias da ativa irem para a avenida (Paulista, em São Paulo) é zero. Eles estão bem conscientes disso. Vamos ter veteranos, como qualquer um. É direito de todos se manifestar”, completou.
Coronel Camilo ainda lembrou o caso do Coronel Aleksander Lacerda, comandante da Polícia Militar e chefe do Comando de Policiamento do Interior-7, que foi afastado após divulgações de ameaças contra o STF (Supremo Tribunal Federal) nas redes sociais.
“Vai responder por isso”, disse o Secretário-Executivo da PMESP, apontando a situação de Lacerda como isolada. “Não temos caso desse tipo em nenhum outro lugar entre policiais da ativa. As convocações feitas são feitas por policias da reserva”, reforçou.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo) já anunciou nos últimos dias um reforço para o policiamento para as manifestações na cidade de São Paulo. A Avenida Paulista concentrará atos a favor de Bolsonaro, enquanto os protestos contra o presidente acontecerão no Vale do Anhangabaú.
“Os policiais estão bem preparados, com bom armamento, boas viaturas, um investimento forte do governo Doria na polícia de São Paulo. Nós teremos um dia de manifestações democráticas”, projetou.
