O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse na CPI da Pandemia que o presidente tinha um assessoramento paralelo do filho Carlos Bolsonaro e de médicos defensores da cloroquina.
"Testemunhei várias vezes reuniões de ministros aonde o filho do presidente, que é vereador do Rio de Janeiro, estava sentado atrás tomando notas da reunião", afirmou ele.
Mandetta também mencionou uma reunião com médicos que defendiam a cloroquina. "Ele tinha esse assessoramento paralelo: "Havia sobre a mesa um papel não timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido daquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula da cloroquina a recomendação para uso contra o coronavírus". Segundo ele, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, não aceitou a sugestão.
O ex-ministro é a primeira testemunha ouvida na CPI. Nesta quarta-feira a comissão recebe o médico e também ex-ministro Nelson Teich.