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Mancha de poluição do Rio Tietê aumenta 29% em 2024

De acordo com o programa "Observando os Rios", a água está imprópria para uso em 207 dos 576 quilômetros analisados

Da redação

Mancha de poluição do Rio Tietê aumenta 29% em 2024
Rio Tietê (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O nível de poluição no Rio Tietê aumentou este ano, de acordo com um monitoramento da Fundação SOS Mata Atlântica. De acordo com o programa "Observando os Rios", a água está imprópria para uso em 207 dos 576 quilômetros analisados. 

Isso representa um crescimento de 29% em relação ao ano anterior, quando a mancha de água imprópria para uso cobria 160 quilômetros. Dos 207 quilômetros de mancha, 131 estavam com qualidade ruim, e 76 com índice considerado péssimo. 

É o quarto ano seguido em que a área poluída cresce. O monitoramento foi divulgado às vésperas do Dia do Rio Tietê, celebrado no dia 22 deste mês. O Tietê é o maior rio do estado de São Paulo, com mil 136 quilômetros da nascente à foz, banhando 62 cidades, entre elas, a capital.

Maior rio paulista, com 1.100 quilômetros da nascente à foz, o Tietê corta o estado de leste a oeste, atravessando áreas urbanas e municípios de importante produção agropecuária. É dividido em seis unidades de gerenciamento de recursos hídricos, também chamadas de bacias hidrográficas.

Importância da despoluição

Para a SOS Mata Atlântica, o índice de água boa no Rio Tietê é fundamental para promover a segurança hídrica e usos múltiplos da água no estado de São Paulo, tais como abastecimento público, irrigação, produção de alimentos, pesca, atividades de lazer, turismo, navegação e geração de energia, além da manutenção dos ecossistemas e resgate da cultura nos municípios ribeirinhos.

O relatório do “Observando os Rios” mostrou também que, embora a mancha de poluição tenha crescido, a proporção de água de boa qualidade voltou a subir, passando de 60 quilômetros no ano passado para 119 quilômetros na atual medição, quase se igualando ao que foi registrado em 2021 (124 km). 

Porém, de acordo com a SOS Mata Atlântica, a maior parte do trecho monitorado mantém-se em condição regular (293 km), sinalizando uma situação geral estável. Outro dado demonstrado pelo relatório neste ano é que não foi observada água de qualidade ótima.

Segundo o relatório, a água é de boa qualidade em 61 quilômetros que vão da nascente do rio até a cidade de Mogi das Cruzes e em 58 quilômetros que ficam perto do Reservatório de Barra Bonita. Já os 293 quilômetros de água regular estão divididos em quatro trechos nas bacias do Alto e Médio Tietê.

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