Depois de denúncias de desvios e até de gente furando fila em Manaus, a vacinação foi suspensa na cidade por 24 horas. Nos hospitais, o drama da falta de oxigênio para pacientes continua. As informações são do Jornal da Band.
Nos hospitais superlotados na capital amazonense, pacientes ficam em cadeiras no corredor. Os familiares se revoltam (veja vídeo acima).
Na última quarta-feira (20), mais dois recordes no Amazonas. Foram mais de 5 mil novos casos de covid-19 em 24 horas e 148 pessoas morreram por complicações causadas pela doença.
Para desafogar as unidades de saúde, 161 pacientes já foram transferidos para outros Estados. E a ajuda com a doação de cilindros de oxigênio, que são escassos na região, tem sido fundamental. A JBS destinou 400 cilindros ao estado e doou R$ 400 milhões para o enfrentamento à pandemia no Brasil.
Na semana em que o Brasil começa a imunização contra o coronavírus em todo o território nacional, em Manaus foi suspensa a campanha de vacinação. A ideia é reformular critérios, levando em conta a quantidade de vacinas disponível para os profissionais de saúde do Amazonas.
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde, nesse primeiro momento, o volume de doses da vacina enviadas ao Amazonas é suficiente para atender apenas 34% de todos os profissionais de saúde do Estado. O plano operacional de vacinação aqui precisa prever quais os profissionais de saúde serão prioridade na imunização imediata.
Outro fato que colaborou para a suspensão da campanha foi o surgimento de fotos em redes sociais de duas médicas, filhas de um empresário amazonense, tomando a vacina após serem nomeadas às pressas para trabalharem em uma unidade de saúde, que leva o nome do pai delas. A cena gerou uma enxurrada de críticas, e a Prefeitura de Manaus proibiu registros dentro das salas de imunização.
O Ministério Público vai apurar denúncias de desvios e irregularidades na aplicação das vacinas.