Em um ano de pandemia, 7.912 presos foram liberados por causa da Covid-19 no estado de São Paulo. Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes.
O número representa quase 4% da população carcerária, que hoje soma 212 mil detentos. Há um ano o Conselho Nacional de Justiça recomendou à juízes e tribunais medidas para conter o avanço da doença nos presídios.
Entre elas, a reavaliação da prisão provisória e da necessidade de prisão preventiva, como também a possibilidade de antecipar a progressão de regime para grupos de risco.
A resolução que terminaria na última segunda-feira (15), teve o prazo estendido até o fim do ano. Para evitar a saída de presos das unidades, as audiências criminais passaram a ser virtuais logo no início da crise sanitária.
O secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, afirma que o sistema de videoconferência economizou R$ 13 milhões e será permanente.
Nesta semana, o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luiz Fux, recomendou mais medidas diante o agravamento da doença no país.
Ele orienta a promoção de campanhas de vacinação para os presos e que o dinheiro das multas judiciais seja investido em compra de medicamentos e materiais de limpeza.
A nova recomendação incentiva a substituição da privação de liberdade de gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças e pessoas com deficiência por prisão domiciliar.
Desde o início pandemia, 12.600 presos testaram positivo para Covid-19, e 38 morreram no estado de São Paulo. Já entre os servidores, 2.916 foram infectados, com 51 mortes.