'Maior campanha humanitária do Brasil’, dizem Forças Armadas sobre doações ao RS

Até o momento, os militares em cooperação com voluntários civis, empresas privadas e agências governamentais transportaram ao Rio Grande do Sul 3,6 mil toneladas de donativos

Da Redação

Marinha transportando ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul
Divulgação/Marinha/Ministério da Defesa

As Forças Armadas, sob a coordenação do Ministério da Defesa e em parceria com a sociedade civil, estão transformando a solidariedade dos brasileiros na maior campanha humanitária já registrada no Brasil. 

Até o momento, os militares em cooperação com voluntários civis, empresas privadas e agências governamentais transportaram ao Rio Grande do Sul 3,6 mil toneladas de donativos, o que corresponde a cerca de 60% do total arrecadado (6,2 mil toneladas) por meio da campanha “Brasil Unido pelo Rio Grande do Sul”. A distribuição às vítimas das enchentes é feita sob a responsabilidade da Defesa Civil.  

Na operação logística liderada pelo Comando Conjunto da Operação Taquari II, são utilizadas 26 aeronaves (que já realizaram 746 horas de voo), 38 caminhões e 5 navios. As doações incluem água e alimentos não perecíveis, roupas, material de higiene e de limpeza e medicamentos, entre outros. 

Em razão da queda das temperaturas no Rio Grande do Sul e para atender a necessidade imediata dos gaúchos, estão sendo priorizados o transporte de cobertores e roupas de frio.

“O que tem ocorrido é algo extraordinário, que tem mobilizado o Brasil inteiro e unido as Forças Armadas e a sociedade civil no propósito de salvar vidas. Há um comprometimento total por parte dos militares para que a ajuda chegue às pessoas que mais necessitam”, disse o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro.

Operação de guerra 

A campanha de arrecadação e distribuição de donativos já é a maior da história brasileira. Em um primeiro momento, as arrecadações foram concentradas nas Bases Aéreas de Brasília, do Galeão e de Guarulhos, mas logo se estenderam por diversas regiões do Brasil.

Inicialmente, os donativos foram transportados, por via aérea, para as Bases Aéreas de Canoas e de Santa Maria. Com o crescente número de doações, outros meios de transportes foram incluídos no tráfego, exigindo uma logística complexa que envolve diversos atores estatais e não estatais para levar o socorro necessário ao povo rio-grandense.

A força-tarefa para o deslocamento dos insumos conta com embarcações da Marinha, aeronaves da Força Aérea e veículos do Exército. Já no lado civil, empresas aéreas do país - sob coordenação da Secretaria de Aviação Civil - e a Embraer contribuem para o transporte aéreo dos bens. Além delas, os Correios ajudam por meio de depósitos e carretas. Outras empresas de transporte marítimo, ferroviário e rodoviário também contribuem com a logística, assim como muitos caminhoneiros voluntários.

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