Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (08), a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, foi avisada pela babá, Thayná de Oliveira Ferreira, que o menino sofria agressões um mês antes da morte, em 8 de março. As informações são de Ryan Lobo, da rádio BandNews FM.
Henrique Damasceno, delegado do 16º DP da Barra da Tijuca, afirmou que o início da investigação indicava um acidente doméstico, mas que os depoimentos do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e da mãe da criança fizeram com que os investigadores esclarecessem as circunstâncias da morte. O casal foi preso na manhã desta quinta-feira.
Henry foi deixado pelo pai na casa da mãe por volta das 19h30 do dia 7 de março. O menino estava nervoso e subiu com Monique para o apartamento, onde tomou banho. Até então não havia acontecido nenhuma agressão.
Depois, o menino chegou morto ao hospital com a mãe e Jairinho.
Os investigadores descobriram que o telefone da mãe tinha imagens de conversas com a babá e demonstrava uma rotina de violência com o menino.
Thayná afirmou que Henry relatou que o padrasto apertava seu braço e chegou a dar uma rasteira no menino. A babá disse ainda que ele estava mancando e, quando foi dar banho nele, o garoto não deixou porque estava com a cabeça doendo.
Após a morte, o padrasto tentou várias vezes impedir que o corpo fosse para autópsia no IML e garantir que o óbito fosse atestado no próprio hospital. O médico da unidade, quando percebeu o que estava acontecendo, negou firmemente o pedido do padrasto.
O delegado também declarou que a versão de que a relação da família era “harmoniosa” é uma farsa. “A mãe não afastou o agressor. Ela tem obrigação legal, não se trata apenas de uma questão moral”, disse Henrique Damasceno.
Caso Henry: "Provas demonstram atuação clara do casal"