O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou o político de direita Michel Barnier, ex-negociador da União Europeia com o Reino Unido sobre o Brexit, como novo primeiro-ministro nesta quinta-feira (5) apesar de a esquerda ter vencido as eleições legislativas.
A decisão do presidente francês marca o fim do impasse desde o segundo turno das eleições que foram antecipadas e realizadas em julho deste ano. Segundo o Palácio do Eliseu, Michel Barnier foi encarregado de constituir um governo de “união e serviço” ao país.
A aliança da direita republicana de Barnier ficou em quarto lugar na eleição para a novo Parlamento francês, elegendo apenas 66 dos 577 assentos, atrás das alianças da ultradireitista Reunião Nacional (143), do grupo de Macron (168) e da frente de esquerda (182).
Aos 73 anos, ele será o premiê mais velho da história da França, substituindo Gabriel Attal, que renunciou ao cargo após as eleições legislativas antecipadas, mas permaneceu como primeiro-ministro de forma interina até a formação do novo governo.
Ele liderou as negociações da União Europeia com o Reino Unido sobre o Brexit entre 2016 a 2021. Antes disso, o político conservador ocupou cargos em vários governos franceses e também foi comissário da União Europeia.
Reação política
O líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon criticou a nomeação e acusou Emmanuel Macron de criar um governo que não reflete a vontade popular. Já O partido de Marine Le Pen disse que não rejeitará imediatamente Michel Barnier.