Lula tem 14 ministros a mais que Bolsonaro, com mais mulheres e nenhum militar

Presidente aumentou de 23 para 37 o número de ministérios, com 11 mulheres, além de negros e indígenas

Da redação

Acima, os 37 ministros de Lula; abaixo, a primeira equipe de ministros de Bolsonaro
Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou neste domingo (1º) os ministros e ministras que compõem o seu governo. O governo Lula terá 37 ministérios, 14 a mais em relação ao seu antecessor, Jair Bolsonaro, que terminou seu mandato com 23 ministérios (quando tomou posse, em 2019, Bolsonaro tinha 22 ministérios). A equipe de Lula não tem nenhum ministro militar.

Lula conta com o maior número de mulheres como ministras. Ao todo são 11 mulheres, entre elas uma indígena (Sônia Guajajara, que vai comandar o novo Ministério dos Povos Indígenas e Originários) e quatro mulheres negras (Marina Silva, do Meio Ambiente; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Margareth Menezes, da Cultura; e Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia). A equipe também tem um homem negro, Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.

O número de ministro de Lula é o maior dos últimos governos. O governo Dilma Rousseff (PT) tinha 32 ministérios, sendo seis liderado por mulheres. Michel Temer reduziu este número para 24 ministérios, com nenhuma mulher empossada quando ele assumiu o governo, em 2016. 

Os 37 ministros de Lula

  • Advocacia-Geral da União: Jorge Messias
  • Agricultura: Carlos Fávaro, senador (PSD) e agrônomo
  • Casa Civil da Presidência da República: Rui Costa
  • Cidades: Jáder Filho, presidente do MDB do Pará e empresário
  • Ciência, Tecnologia e Inovação: Luciana Santos
  • Comunicações: Juscelino Filho, deputado federal (União) e médico
  • Comunicação Social: Paulo Pimenta, deputado federal (PT) e jornalista
  • Controladoria-Geral da União: Vinícius Carvalho
  • Cultura: Margareth Menezes
  • Defesa: José Múcio
  • Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira, deputado (PT) e advogado
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Serviços e Inovação: Geraldo Alckmin
  • Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome: Wellington Dias
  • Direitos Humanos e Cidadania: Silvio Almeida
  • Economia: Fernando Haddad
  • Educação: Camilo Santana
  • Esporte: Ana Moser, ex-jogadora de vôlei
  • Gestão e Inovação nos Serviços Públicos: Esther Dweck
  • Igualdade Racial: Anielle Franco
  • Integração Nacional: Waldez Goés (PDT), governador do Amapá
  • Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino
  • Meio Ambiente: Marina Silva, deputada federal (Rede), ambientalista e historiadora
  • Minas e Energia: Alexandre Silveira, senador (PSD) e advogado
  • Mulheres: Aparecida Gonçalves
  • Pesca e Aquicultura: André de Paula, advogado
  • Planejamento: Simone Tebet, senadora (MDB) e advogada
  • Portos e Aeroportos: Márcio França
  • Povos Indígenas e Originários: Sonia Guajajara, deputada federal (Psol) e educadora
  • Previdência: Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e professor
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira
  • Saúde: Nísia Trindade
  • Secretaria-Geral da Presidência da República: Márcio Macedo
  • Secretaria de Relações Institucionais: Alexandre Padilha
  • Trabalho e Emprego: Luiz Marinho
  • Transportes: Renan Filho, senador (MDB) e economista
  • Turismo: Daniela do Waguinho, deputada federal (União) e pedagoga

Os 23 ministros de Bolsonaro

Quando Bolsonaro tomou posse, em 2019, diminuiu o número para 23 ministérios, com apenas duas mulheres, Tereza Cristina (Agricultura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). 

A equipe original de ministros de Bolsonaro incluía cinco militares: General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional),  General Fernando Azevedo e Silva (Ministério da Defesa), Almirante Bento Costa Lima de Albuquerque (Minas e Energia), Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) e General Fernando de Azevedo Silva (Defesa), além de três ministros que já tiveram relação com o Exército: Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Ricardo Vélez Rodriguez (Educação) e Wagner de Campos Rosário (Transparência e Controladoria-Geral da União).

A equipe de ministros de Bolsonaro não tinha nenhuma pessoa negra.

Veja quais foram os primeiros ministros de Bolsonaro:

  • Advocacia-Geral da União: André Luiz Mendonça
  • Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Tereza Cristina
  • Banco Central: Roberto Campos Neto  
  • Casa Civil: Onyx Lorenzoni
  • Cidadania: Osmar Terra
  • Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes
  • Defesa: General Fernando Azevedo e Silva
  • Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto
  • Economia: Paulo Guedes
  • Educação: Ricardo Vélez Rodríguez
  • Gabinete de Segurança Institucional: General Augusto Heleno
  • Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas
  • Justiça e Segurança Pública: Sergio Moro
  • Meio Ambiente: Ricardo Salles
  • Minas e Energia: Almirante Bento Costa Lima de Albuquerque
  • Mulher, Família e Direitos Humanos: Damares Alves
  • Relações Exteriores: Ernesto Araújo
  • Saúde: Henrique Mandetta
  • Secretaria de Governo: General Carlos Alberto Santos Cruz
  • Secretaria-Geral da Presidência: Gustavo Bebianno
  • Transparência e Controladoria-Geral da União: Wagner de Campos Rosário
  • Turismo: Marcelo Álvaro Antônio
  • OBS.: Em 2020, Bolsonaro voltou a criar o Ministério das Comunicações, com o ministro Fábio Faria.

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