O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta segunda-feira (22) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desistiu da campanha de reeleição à Casa Branca. Segundo ele, a relação do Brasil será mantida “com quem for eleito”.
Lula reforçou que ficou feliz quando Biden foi eleito e que estabeleceram juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Ele reforçou que respeita a decisão do democrata.
“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, escreveu Lula em publicação na plataforma X, antigo Twitter.
“Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la”, acrescentou.
Mais cedo, em entrevista à agência de notícias Reuters, Lula afirmou que espera que os americanos elejam o melhor candidato em novembro, seja Donald Trump ou um democrata, e que as relações entre os países permaneçam “civilizadas”.
"Seja um candidato democrata ou Trump, nosso relacionamento será civilizado entre dois países importantes que têm uma relação diplomática centenária, que queremos manter", declarou Lula. "Temos importantes parcerias estratégicas com os Estados Unidos", acrescentou.
O petista também reforçou que a desistência à reeleição foi uma “escolha pessoal” de Biden e que ele tem o “máximo respeito” pelo atual presidente dos Estados Unidos.
Desistência de Biden à reeleição
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistiu da campanha à reeleição. A informação foi divulgada por meio de comunicado compartilhado nas redes sociais do democrata.
Ao anunciar a desistência à corrida presidencial, Joe Biden declarou que permanecerá no cargo até janeiro de 2025. Ele também informou que deverá explicar melhor a decisão em um pronunciamento à nação ao longo da semana.
Em uma segunda publicação, Biden explica que vai "concentrar energias" em suas funções como presidente durante o restante do mandato e, falando ao partido Democrata, anunciou que apoia o nome da vice Kamala Harris para a disputa.
"Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, escreveu Biden.