Lula indica Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central

Se aprovado pelo Senado, ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no fim de dezembro. Anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Por Deutsche Welle

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (28/08) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

"O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui, de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente [Rodrigo] Pacheco e ao senador Vanderlan, presidente da CAE [Comissão de Assuntos Econômicos], o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa da diretoria de Política Monetária do banco", revelou o ministro.

Para assumir o cargo, Galípolo, de 42 anos, ainda precisará ter o nome aprovado pelo Senado Federal, que realizará uma sabatina com o indicado, para um mandato de quatro anos à frente do BC.

Ele será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em seguida, precisa ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa. A votação é secreta.

Se aprovado, ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no dia 31 de dezembro.

"Na mesma magnitude, é uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Galípolo ao lado de Haddad após o anúncio da indicação. Ele se recusou a responder perguntas em "respeito ao processo e à institucionalidade".

Ex-secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo, Galípolo trabalhou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro Brasileiro de Relações Internacionais e no Banco Fator, instituição que ele fundou. Em 2023, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, até ser indicado e aprovado para a diretoria de Política Monetária do BC, que ele ocupa desde julho do ano passado.

md (Agência Brasil, ots)

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