O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (16) que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apelou para que as medidas fiscais não desidratem após reunião sobre a reforma tributária e o pacote de corte de gastos na casa do presidente em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.
Em entrevista coletiva, Haddad declarou que expôs ao presidente os detalhes do que foi alterado no texto da reforma tributária para uma eventual orientação aos líderes da base do governo.
“O apelo que ele (Lula) está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Temos um conjunto de medidas que garante a robustez do arcabouço fiscal, estamos convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos", disse o ministro em entrevista a jornalistas.
"Se não fosse o contratempo que tivemos com o Perse e com a desoneração da folha, nós teríamos nesse primeiro ano de orçamento do governo Lula um superávit primário. Só não vamos ter esse ano em função dos R$ 45 bilhões de renúncia fiscal", acrescentou Haddad.
Reunião ministerial
Ao ser questionado sobre a reunião ministerial, Haddad declarou que o encontro está sujeito às recomendações médicas que serão feitas ao longo da semana e afirmou que se surpreendeu com a disposição de Lula.
“Isso vai estar subordinado a questão da avaliação médica e das recomendações que serão feitas. As atividades do presidente nesta semana estão condicionadas a essa avaliação. Confesso que me surpreendi com a disposição do presidente, está muito tranquilo, despacho absolutamente normal, está bem, está corado, foi tranquilo”, pontuou Haddad, que reforçou que Lula não se queixou de dor.