Lula diz respeitar empresários e fazendeiros, mas reforça governar para pobres

Lula discursou, nesta quinta-feira (7), durante o relançamento do programa Farmácia Popular, que passa a ampliar a distribuição gratuita de medicamentos

Por Édrian Santos

Lula discursa no lançamento do novo Farmácia Popular
Reuters

Em meio a iniciativas do governo em melhorar a imagem a grupos críticos, sobretudo em relação ao agronegócio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que respeita os grandes empresários, fazendeiros e banqueiros, mas reforçou que o governo dele priorizará os mais pobres.

A declaração foi dada durante o relançamento do Farmácia Popular, no Recife, programa que passa a ampliar a distribuição de medicamentos à população. A partir desta quarta-feira (7), os 55 milhões de beneficiários do Bolsa Família tem acesso gratuito a todos os 40 fármacos listados pelo governo.

Eu trato o grande empresário com respeito. Eu trato o grande fazendeiro com respeito. Eu trato o grande banqueiro com respeito, mas é importante eles saberem que são para aqueles que estão embaixo, aqueles que estão na periferia, aqueles que não tiveram a sorte de estudar [...] que eu fui eleito e vou governar este país

Para o presidente, programas sociais devem ser tratados como investimentos e não como gastos. De acordo com Lula, uma iniciativa como o Farmácia Popular traz retorno para a sociedade.

“Uma pessoa com saúde está mais alegre, trabalha mais, produz mais, cuida melhor das coisas que tem que fazer. É por isso que nós queremos dizer, em alto e bom som, educação não é gasto. É investimento. No meu governo, aumentar o salário mínimo não é gasto. É investimento. Ou seja, cuidar do pobre é o melhor investimento que a gente pode fazer em qualquer país do mundo”, analisou o petista.

Medicamentos gratuitos e com desconto

O Farmácia Popular já oferece medicamentos gratuitos para tratamento de diabetes, asma e hipertensão. De forma subsidiada (copagamento), distribui para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e fraldas geriátricas.

Na modalidade de copagamento, o Ministério da Saúde arca com parte do valor dos medicamentos (até 90% do valor de referência tabelado), e o cidadão paga o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

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