O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (14), durante reunião com o presidente da China, XI Jinping, que deseja aprofundar a relação entre os países em diversas áreas estratégicas e que “ninguém” vai proibir a aproximação Brasil-China. Os países assinaram 15 acordos comerciais.
“Ontem fizemos uma visita à Huawei, em uma demonstração de que nós queremos dizer ao mundo que não temos preconceito na nossa relação com os chineses. Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore a sua relação com a China", disse o presidente.
"Eu penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial. Se bem que o interesse comercial é muito importante", reforçou Lula.
No discurso, Lula pontuou algumas das áreas que deseja aprofundar a relação Brasil-China: ciência e tecnologia, intercâmbio entre alunos de universidades de ambos os países, energia limpa, relações culturais, entre outros.
“Nós queremos que a relação transcenda o comercial, queremos uma relação no âmbito da ciência e tecnologia. Quero uma relação profunda entre as nossas universidades para que a gente tenha mais alunos brasileiros na China e mais chineses no Brasil”, pontuou.
Meio ambiente
Ao discursar, Lula focou na pauta ambiental na reunião bilateral com o líder chinês Xi Jinping e outras autoridades da China. Ele pediu o apoio do país asiático para auxiliar na preservação do planeta e defende uma política climática mais saudável.
“Contamos com a China na nossa luta pela preservação do planeta Terra, defendendo uma política climática mais saudável, em que as pessoas possam respirar ar mais puro e beber água mais limpa. Para isso, é extremamente importante uma transição energética para que a gente possa produzir energia mais limpa, sobretudo eólica, solar”, afirmou Lula.
Além disso, Lula disse que o Brasil tem 80% de sua energia totalmente limpa e que o país está comprometido a alcançar o desmatamento zero até 2030 na Amazônia, “para dar a nossa contribuição à preservação do planeta”.