O Presidente Lula estava visivelmente emocionado em seu discurso à nação, na tarde deste domingo (1°), no parlatório do Palácio do Planalto. Mas um dos momentos de maior emoção do mandatário no momento que falou sobre a volta da fome ao Brasil.
Lula disse que: “A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta – e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina. A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro. A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem”.
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A voz do presidente ficou embargada ele precisou pausar o discurso quando se referiu às famílias pedindo ajuda nos sinais das grandes cidades. “Nestes últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas.
Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola, vivendo plenamente a infância a que têm direito.
Trabalhadoras e trabalhadores desempregados exibindo, nos semáforos, cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: “Por favor, me ajuda” falou antes de se emocionar e chorar no parlatório.
O presidente fez um compromisso e disse que uma das missões dele e de seu governo é acabar novamente com a fome no país. “Reassumo o compromisso de cuidar de todos os brasileiros e brasileiras, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome neste país. De tirar o pobre da fila do osso para colocá-lo novamente no Orçamento” finalizou.