Lula celebra eleição de Claudia Sheinbaum no México: 'Vitória da democracia'

Presidente brasileiro declarou que pretende viajar ao México neste ano para fortalecer as relações comerciais entre os países

Da Redação

Lula celebra eleição de Claudia Sheinbaum no México: 'Vitória da democracia'
Claudia Sheinbaum é eleita presidente do México
REUTERS/Alexandre Meneghini

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (3) que está “muito feliz” com a vitória de Claudia Sheinbaum nas eleições presidenciais do México. Ela se tornou a primeira mulher eleita presidente do país

Cientista climática, ex-prefeita da Cidade do México e apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador, Claudia Sheinbaum foi eleita presidente entre 58,3% e 60,7% dos votos. As projeções apontam para a maior percentagem de votos na história democrática do México.

“Estou muito feliz com a vitória da Claudia Sheinbaum, por ser uma mulher progressista à frente da presidência do México, uma vitória da democracia, e também pelo meu grande companheiro Andrés Manuel López Obrador, que fez um governo extraordinário”, escreveu Lula. 

“Eu pretendo viajar ao México este ano para fortalecer nossas relações comerciais. Somos as duas maiores economias da América Latina e podemos ter um maior fluxo entre os empresários de ambos os países”, finalizou. 

Primeira mulher eleita presidente do México 

A candidata Claudia Sheinbaum venceu as eleições presidenciais do México e se tornará a primeira mulher a ocupar a presidência do país na história, segundo projeção oficial da contagem preliminar dos votos. 

“Pela primeira vez em 200 anos de República, haverá uma mulher presidente e ela será transformadora. Obrigado a cada mexicano. Hoje demonstramos com o nosso voto que somos um povo democrático”, declarou Sheinbaum. 

"Quero agradecer a milhões de mulheres e homens mexicanos que decidiram nos dar o seu voto neste dia histórico", disse Sheinbaum num discurso de vitória perante a multidão. "Não os decepcionarei", prometeu. As projeções apontam para a maior percentagem de votos na história democrática do México.

Campanha eleitoral marcada pela violência

Os eleitores não se deixaram intimidar pelos altos índices de violência no país e afluíram em peso aos locais de votação. Quase 100 milhões de pessoas estavam aptas a votar.

Para garantir um pleito pacífico, foram mobilizados 3 mil soldados para acompanhar o processo eleitoral de perto. O objetivo foi evitar mais incidentes violentos, após uma campanha que contabilizou 34 candidatos ou pré-candidatos assassinados entre setembro e maio.

Mesmo assim, os cartéis da droga fizeram de tudo para garantir que os seus candidatos preferidos vencessem. Horas antes da abertura das urnas, um candidato local foi assassinado no oeste do país, disseram as autoridades.

No estado central mexicano de Puebla, duas pessoas morreram depois que desconhecidos atacaram locais de votação para roubar papéis, disse à AFP uma fonte de segurança do governo local. Devido à violência, a votação teve que ser suspensa em dois municípios do estado de Chiapas, no sul do país.

Sheinbaum prometeu dar continuidade à controversa estratégia de Lopez Obrador de "abraços no lugar de tiros" para combater o crime pela raiz.

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