Lula anuncia linha de crédito para empresas afetadas por apagão em SP

Temporal em São Paulo na última semana deixou 3,1 milhões sem energia elétrica durante seis dias; linha de crédito será destinada para empresas

da redação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (18), que o governo federal irá criar uma linha de crédito para as empresas da cidade de São Paulo afetadas pelo apagão que atingiu o estado e durou seis dias. 

O pedido do presidente Lula foi encaminhado aos ministérios da Fazenda e Casa Civil. A declaração foi feita durante evento na capital paulista. 

“Nós vamos fazer para a cidade de São Paulo o mesmo que fizemos para o Rio Grande do Sul. As pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão, as pessoas que perderam geladeira, que perderam inclusive a comida que estava na geladeira, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa, nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem”, declarou Lula. 

“Eu não quero saber de quem é a culpa, eu quero saber quem é que vai dar a solução, e nós queremos encontrar a solução”, acrescentou o presidente. 

No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que R$ 150 milhões dos recursos reservados para o Fundo Garantidor de Operações (FGO) será destinado à linha de crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Segundo ele, a Medida Provisória (MP) deve ser publicada antes da viagem de Lula à Rússia. 

Para o cidadão em geral, o ministro da Fazenda pontuou que o ressarcimento deve ser cobrado da própria concessionária de energia elétrica, no caso de São Paulo é a Enel. 

“O cidadão em geral recorre à própria concessionária, que deve repor o bem. Em virtude do apagão, se ele sofreu dano na residência, você pode requerer à concessionária a reposição desse bem. Nós estamos falando de atividade econômica. A concessionária tem que atender a residência, mas para a atividade econômica não tinha nenhuma linha de financiamento", disse Haddad.

Cerca de 3,1 milhões clientes foram atingidos pelo apagão. A rede afetada inclui 17 linhas de alta tensão, 11 subestações, 221 circuitos de média tensão, 105 transformadores, 251 postes e 1.492 ocorrências com vegetação.

Prejuízo em São Paulo 

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) já encaminhou ao governo de São Paulo um pedido de mais prazo para o pagamento de impostos pelos estabelecimentos do setor. O pedido é de prorrogação do vencimento de impostos para cerca de 250 mil estabelecimentos que foram afetados pela falta de energia.

Segundo a Fhoresp, a interrupção de energia já provocou prejuízos de cerca de R$ 150 milhões para o setor nos quatro primeiros dias de apagão. Os maiores prejudicados são os micro e pequenos empresários.

As chuvas fortes e os ventos que atingiram diversas cidades paulistas também provocaram sete mortes.

Com informações da Agência Brasil

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