Líder nas pesquisas, a conservadora Liz Truss deve ser escolhida, na próxima segunda-feira (5), a próxima primeira-ministra do Reino Unido, sucessora do ex-premiê Boris Johnson. Ele abdicou do cargo após polêmica das festas ilegais na pandemia e denúncias de assédio contra aliado do Partido Conservador.
Entrevistada pela Band, a professora de relações internacionais Carolina Pavese explica que, apesar do estilo distinto de Johnson, a agenda político-conservadora de Truss tende a ser mais incisiva. Para a especialista, a política deve ser a próxima “Dama de Ferro”, nome por qual foi conhecida a ex-premiê Margaret Thatcher.
“A gente pode esperar uma ‘Dama de Ferro’. Aliás, a Margareth Thatcher é uma inspiração da Liz Truss, que é uma política que tem 47 anos de carreira. Ela já ocupou seis cargos de ministérios ao longo de três últimos cargos de primeiros-ministros”, explicou Pavese.
A professora universitária explica que Truss deve adotar políticas mais duras contra a imigração a na condução do Brexit. A favorita ao governo britânico também foi contra a concessão de voucher para amenizar os efeitos da crise energética devido à guerra na Ucrânia. Após repercussão, voltou atrás.
“As eleições são escolhas internas do partido. Ao longo do último mês, tivemos os filiados dos partidos postando os votos, quando eles tinham esses dois candidatos, a Liz Truss e o Rishi Sunak. Todas as pesquisas indicam que a Liz Truss deve receber a maioria dos votos. Amanhã, a gente não deve ter muita surpresa em relação a esse resultado, que já é esperado.
Liz Truss é secretária da Relações Exteriores e ministra para Mulheres e Igualdades desde setembro de 2019.
Outro que briga pelos votos dos membros do Partido Conservador é Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças de origem indiano-britânica considerado um “grande inimigo” de Boris Johnson. Apesar da tentativa de descolar a imagem do ex-premiê, o político foi um dos que participou das festas governistas durante o lockdown.