Líder do PCC tem pena reduzida após fazer cursos e deixa prisão no Paraná

Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, estava detido desde 2012 em Catanduvas

Bruna Barboza, da Rádio Bandeirantes

Um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) deixou a cadeia na última quinta-feira (9) depois da redução de 445 dias em sua pena por ter lido e feito cursos profissionalizantes. 

Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, chegou a fugir e foi recapturado durante o cumprimento da sentença de 14 anos por sequestro. Ele também é apontado como um dos líderes do PCC na favela de Paraisópolis, a maior da capital paulista.

Ele estava detido desde 2008. Em 2012, a secretaria de Segurança de São Paulo pediu auxílio ao governo federal, e ele foi o primeiro membro da facção a ser transferido para Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, em 2012, onde esteve detido desde então.

No período em que esteve preso, ele teve 20 falta graves por mau comportamento e chegou a fugir por três meses até ser recapturado.

A Rádio Bandeirantes teve acesso ao relatório de cálculo penal oficial, que indica alguns dos cursos feitos pelo agora ex-detento:

•        Liderança Gerencial - Como Desenvolver Habilidades em Liderança 

•        Negociação - Técnicas e Estratégias de sucesso 

•        Direitos Humanos 

•        Gestão de Pessoas na Pequena Empresa 

•        Profissionalizante de Atendente de loja

•        Profissionalizante de Secretário 

•        Profissionalizante de Horticultor 

•        Introdução ao Direito Administrativo 

•        Metalmecânica

Agora, Piauí não tem mais nenhuma pendência com a Justiça e está totalmente liberado. Forças de segurança de São Paulo já estão atentas às supostas movimentações do agora ex-presidiário. 

O promotor Lincoln Gakiya, que atua no combate à facção criminosa, lamentou a soltura de Piauí e afirmou que o sistema penal brasileiro é leniente com esse tipo de criminoso.

“Um indivíduo extremamente perigoso. Líder do tráfico de entorpecentes pelo PCC em uma das maiores favelas do estado de São Paulo, que é Paraisópolis. A liberdade nos causa uma profunda preocupação, ainda mais em tempos em que verifica-se que o PCC está envolvido em grandes assaltos a banco e tráfico internacional a partir do Porto do Santos", afirmou.

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