Considerado o criminoso mais perigoso do Brasil, Marco Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, reapareceu esta semana diante de um juiz. Apontado como o chefe do PCC, ele está condenado a 330 anos por crimes como homicídio, organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e agora responde novo processo, onde é acusado de encomendar mortes de promotores. As informações são de Rodrigo Hidalgo, para o Jornal da Band.
É a primeira vez que ele é visto em público desde a mudança de presídio, quando acabou transferido à Penitenciária Federal de Brasília, em fevereiro de 2019, após a descoberta de um plano para eliminar autoridades. Outras 21 lideranças da facção também foram transferidas para outras prisões. Ele negou as acusações.
“O que acontece comigo, que já tô calejado de tirar cadeia (sic) eu nem me preocupo mais. Eu to cheio de cadeia mesmo. Pra mim, tanto faz como tanto fez”, disse Marcola durante a audiência, realizada de forma virtual.
A promotoria está convicta de que Marcola foi o mentor do plano para assassinar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios de São Paulo Roberto Medina.
Após o depoimento, o líder da facção voltou para a sua cela isolada na penitenciária, que é considerada como a mais segura do país e conhecida como a “Guantanamo brasileira”.
Em dezembro de 2020, a polícia fez uma operação em endereços ligados à família do líder do PCC por lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores. Um dos alvos foi a mulher de Marcola, Cynthia Gigliolli Herbas Camacho, além do pai, da mãe, de um irmão e da irmã dela. A suspeita é que os recursos usados para a compra bens tenham vindo de ações criminosas.