Líder do Grupo Wagner, Prigozhin reaparece em vídeo na África

Yevgeny Prigozhin afirmou estar no continente africano "cumprindo tarefas que foram estabelecidas"

Da redação, com Felipe Kieling

O líder do grupo do grupo Wagner reapareceu desde que liderou um motim contra o governo do presidente Vladimir Putin. Em vídeo compartilhado em um grupo do Telegram, Yevgeny Prigozhin afirmou estar no continente africano. 

Segundo a Reuters, Prigozhin declarou que o Wagner “cumprirá as tarefas que foram estabelecidas” e está recrutando novos integrantes. Prigozhin diz também que “a temperatura é de mais de 50 graus” e que o Grupo Wagner está conduzindo operações de reconhecimento e busca.

Motim fracassado e presença militar crescente na África

Registrado como "companhia militar particular" (forças mercenárias são tecnicamente ilegais na Rússia), desde o início da guerra de agressão do presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o Grupo Wagner lutou ao lado do Exército russo regular.

Em 23 de junho de 2023, contudo, frustrado com a liderança militar, que classificou de ineficaz, Prigozhin mobilizou suas tropas para marcharem sobre Moscou. Entretanto, em seguida a negociações, a operação foi suspensa poucas horas mais tarde.

O Kremlin prometeu ao oligarca impunidade, sob a condição de que emigrasse para Belarus. Mas no fim de julho ele reapareceu na Rússia durante a cúpula para a África em São Petersburgo, acompanhado por um representante da República Centro-Africana.

Notório por sua brutalidade, o Grupo Wagner mantém forte presença militar na África, tendo estabelecido parcerias com diversas nações, entre as quais o Mali. Além disso, o golpe de Estado de julho no Níger – em que se depôs o governo e instalou uma junta militar – suscita temores de que o país possa se aproximar mais de Moscou.

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