O líder do grupo do grupo Wagner reapareceu desde que liderou um motim contra o governo do presidente Vladimir Putin. Em vídeo compartilhado em um grupo do Telegram, Yevgeny Prigozhin afirmou estar no continente africano.
Segundo a Reuters, Prigozhin declarou que o Wagner “cumprirá as tarefas que foram estabelecidas” e está recrutando novos integrantes. Prigozhin diz também que “a temperatura é de mais de 50 graus” e que o Grupo Wagner está conduzindo operações de reconhecimento e busca.
Prigozhin também foi flagrado na cúpula Rússia-África em São Petersburgo no mês passado.
Motim fracassado e presença militar crescente na África
Registrado como "companhia militar particular" (forças mercenárias são tecnicamente ilegais na Rússia), desde o início da guerra de agressão do presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o Grupo Wagner lutou ao lado do Exército russo regular.
Em 23 de junho de 2023, contudo, frustrado com a liderança militar, que classificou de ineficaz, Prigozhin mobilizou suas tropas para marcharem sobre Moscou. Entretanto, em seguida a negociações, a operação foi suspensa poucas horas mais tarde.
O Kremlin prometeu ao oligarca impunidade, sob a condição de que emigrasse para Belarus. Mas no fim de julho ele reapareceu na Rússia durante a cúpula para a África em São Petersburgo, acompanhado por um representante da República Centro-Africana.
Notório por sua brutalidade, o Grupo Wagner mantém forte presença militar na África, tendo estabelecido parcerias com diversas nações, entre as quais o Mali. Além disso, o golpe de Estado de julho no Níger – em que se depôs o governo e instalou uma junta militar – suscita temores de que o país possa se aproximar mais de Moscou.