Os efeitos do contrabando no Brasil são pouco visíveis à população em geral. Mas, quando analisamos os números, conseguimos ter ideia da dimensão desse crime de amplas consequências.
Em 2022, o país perdeu mais de R$ 410 bilhões com o mercado ilegal, levando-se em consideração os impostos não arrecadados e os prejuízos de apenas 14 setores produtivos, de acordo com um levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Isso sem contar com a estreita relação entre o contrabando e o crime organizado, incluindo milícias.
“Todos perdem com o contrabando: o cidadão, os setores produtivos, o comércio, a cadeia de insumos e de serviços e o erário público. Daí a importância de termos a participação de todos os setores unidos nessa luta em defesa do mercado legal”, destaca Edson Vismona, presidente do FNCP.
De acordo com balanço do FNCP de 2022, o setor de vestuário é o mais impactado pelo contrabando, com perdas de R$ 84 bilhões. Outros segmentos que aparecem no topo da lista são bebidas alcoólicas, combustíveis, cosméticos e higiene pessoal e cigarros.
“É muito importante um sistema fiscal e tributário que possa contribuir com o combate ao comércio de mercadorias ilícitas, já que é notório que o imposto impacta o preço final de qualquer produto. Qualquer aumento de tributo favorece o contrabando, que não paga nada”, conclui Vismona.
O FNCP lançou a Campanha Nacional de Combate ao mercado ilegal. Para mais informações, acesse: contrabandonao.com.br