Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a causa morte da torcedora do Palmeiras atingida por uma garrafa no último dia 8 de julho foi por hemorragia aguda externa traumática.
Gabriela Anelli foi atingida no pescoço, durante uma briga entre torcedores do Palmeiras e Flamengo, em frente ao Allianz Parque. Ela ficou internada por dois dias, mas não resistiu ao ferimento.
Suspeito preso
O torcedor do Flamengo, Jonathan Messias Santos da Silva, preso pela polícia paulista no Rio de Janeiro, chegou em São Paulo na madrugada desta quarta-feira (26). Ele deve ser ouvido pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quarta.
No momento, Jonathan está na carceragem de uma delegacia no bairro do Belenzinho, na zona leste de São Paulo, e passará por audiência de custódia. Segundo a defesa do suspeito, ele está bastante assustado e deve colaborar com as investigações.
Segundo as autoridades, Jonathan Messias Santos da Silva é suspeito de ter arremessado a garrafa que quebrou e cujos estilhaços atingiram Gabriela Anelli, em confusão antes da partida entre Palmeiras x Flamengo, na capital paulista. Ele deve responder por homicídio doloso.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), a delegada Ivalda Aleixo disse que foi preso com a ajuda da tecnologia. “A polícia conseguiu identificá-lo ao analisar diversas imagens da confusão, inclusive da entrada dele no Allianz Parque. Por meio de um software, a perícia confirmou a trajetória da garrafa, que foi pega no chão, lançada e estilhaçada em um dos tapumes que separava as torcidas. Um desses estilhaços provocou um corte de 3 centímetros no pescoço de Gabriela Anelli”, disse.
Jonathan, que é professor e diretor de uma escola da rede pública do Rio de Janeiro, foi afastado pela Secretaria Municipal de Educação, onde era servidor concursado.
Relembre o caso
A torcedora Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu após ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço durante confusão entre torcedores do Palmeiras e do Flamengo nos arredores do Allianz Parque, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Gabriela estava internada na Santa Casa de São Paulo.
Leonardo Felipe Xavier Santiago, que foi o primeiro preso acusado de arremessar uma garrafa de vidro na palmeirense, foi solto após a Justiça lhe conceder liberdade. A defesa do flamenguista afirmou que não há “provas nem imagens que comprovem que o Leonardo arremessou a garrafa que matou a Gabriela”.