Justiça dos EUA acusa Igreja Católica de encobrir abuso sexual de crianças

Segundo o procurador-geral de Maryland, pelo menos 600 crianças foram vítimas por mais de 60 anos

Da redação

Arquidiocese é acusada de esconder casos de abuso sexual
Reprodução/Google Maps

O procurador-geral de Maryland, nos Estados Unidos, acusou oficiais da Igreja Católica de Baltimore de encobrir casos de abuso sexual durante 60 anos. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (5), o procurador-geral Anthony Brown indica que pelo menos 600 crianças foram vítimas de abuso sexual por padres e sacerdotes. 

“Se sabe que mais de 600 crianças foram abusadas por 156 pessoas incluídas neste relatório, mas o número pode ser ainda maior”, indica o relatório.

A investigação durou quatro anos e mostram uma “falha sistêmica e depravada da arquidiocese de proteger os mais vulneráveis: crianças que eles tinham o dever de deixarem seguras”, diz Anthony Brown em uma declaração. 

Em nota à imprensa, a procuradoria informa que o relatório foi composto baseado em “centenas de milhares de documentos e histórias não contadas de centenas de sobreviventes”. 

A análise de 60 anos de abuso e encobrimento mostra que a arquidiocese da região optou por proteger a instituição ao invés de proteger as crianças. O relatório também identifica outros 43 clérigos que estiveram na arquidiocese, mas cometeram abuso sexual fora da arquidiocese de Baltimore. 

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