Jovens com miopia e astigmatismo são vacinados contra covid-19 em SP

Prefeitura disse que pessoas com "grande dificuldade ou incapacidade de enxergar" são elegíveis para grupos prioritários

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Prefeitura diz que vacinação é permitida desde que apresentem comprovante da deficiência
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Jovens com miopia e astigmatismo tomaram a vacina contra a covid-19 na zona leste de São Paulo. A vacinação de pessoas com deficiência permanente que não são contempladas pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) começou na última quinta-feira (10) na capital. As informações são da Rádio Bandeirantes.

Um deles, que recebeu a dose na UBS Jardim São Francisco II, escreveu em um post nas redes sociais.

“Gente, a partir de hoje começaram a vacinar pessoas que usam óculos, pois pelo menos pelo que me informaram seria considerado uma ‘deficiência visual’. Só que não divulgaram na mídia. Eu consegui tomar na UBS da minha rua e meus vizinhos também tomaram”, afirmou.

Uma outra jovem, com mais de 150 mil seguidores em uma rede social, fez relato semelhante.

"Hoje o que eu mais queria aconteceu, a vacina! Graças a uma seguidora anjo, que me disse que os problemas de visão como miopia e astigmatismo se encaixavam pra vacina. Levei meus exames, laudos médicos e pronto! Vacinei!", postou.

No instrutivo publicado nesta sexta-feira pela prefeitura, consta que "indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar, mesmo com uso de óculos" podem ser vacinados, o que abre margem para a interpretação.

Em nota, a prefeitura confirma a orientação dada e diz que a vacinação é permitida desde que apresentem comprovante da deficiência. Caso não haja um documento comprobatório, será possível a vacinação a partir da autodeclaração do indivíduo".

A nota diz que nessa situação o indivíduo deverá ser informado quanto ao crime de falsidade ideológica, artigo 299 do Código Penal.

O informe diz ainda que a Secretaria Municipal de Saúde está avaliando a situação para que não haja prejuízo para a imunização das pessoas com deficiência permanente.

Dentro do universo de imunizados, os casos de autodeclaração correspondem a cerca de 2% do grupo elegível para vacinação contra covid-19 dos deficientes.

São Paulo inicia vacinação em deficientes sem comorbidades

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