Um adolescente de 14 anos foi preso como suspeito de promover um massacre em uma escola no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (4), que deixou ao menos quatro mortos e nove feridos.
O incidente ocorreu na Apalachee High School, na cidade de Winder, onde alunos e funcionários viveram horas de enorme tensão. A direção da escola enviou mensagem de texto aos pais dos alunos dizendo que estava colocando as instalações em "lockdown rígido após relatos de tiros disparados".
"Nosso oficial de ajuda escolar o confrontou", afirmou o xerife do condado de Barrow, Jud Smith, se referindo aos agentes da lei que trabalham na proteção das escolas. Segundo Smith, o atirador acabou desistindo e se jogou ao chão, sendo então imobilizado e levado sob custódia.
O suspeito, que também era aluno da escola, será indiciado por assassinato e julgado como adulto, informou o Escritório de Investigações da Georgia. Os mortos eram dois alunos e dois professores.
O xerife Smith afirmou em entrevista coletiva que a investigação está em andamento e que levará dias para obter as respostas sobre os motivos do crime.
Segundo a emissora CNN, o sistema escolar do condado de Barrow possui cerca de 15.340 alunos registrados, dos quais 1.932 estão matriculados na Apalachee High School.
Quase 400 massacres em 2024
O presidente dos EUA, Joe Biden, lamentou o incidente. "Estudantes em todo o país aprendem como evitar e se esconder ao invés de ler e escrever. Não podemos continuar a aceitar isso como algo normal", afirmou, se referindo a frequência com que esses incidentes ocorrem no país.
Este é apenas o mais recente caso de violência armada nos Estados Unidos, onde um terço dos adultos possui uma arma de fogo e as regras para a compra de armamentos, incluindo fuzis, são bastante relaxadas.
Somente este ano, o país já registrou 384 massacres a tiros, que são classificados como incidentes com ao menos quatro vítimas, mortas ou feridas. Ao menos 11.557 pessoas morreram em 2024 em razão da violência armada nos EUA.
rc (EFE, AFP)