A vacinação de pacientes com comorbidade tem causado uma corrida por atestados médicos, o que abre espaço para suspeita de fraudes para pessoas furarem a fila de vacinas.
O Ministério da Saúde recomenda que se faça um pré-cadastro nas unidades ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) de sua cidade. Mas mesmo sem o registro é possível ser imunizado.
Para quem tem as doenças prévias, é preciso apresentar um exame, receita ou laudo médico emitido nos últimos dois anos no posto de saúde.
Em São Paulo, é preciso se apresentar apenas apenas uma receita de pacientes com hipertensão (pressão alta). Antes, eram pedidos três comprovantes. A medida visa agilizar a vacinação de pessoas com comorbidades a partir de 18 anos no Estado até o fim de junho.
A vacinação desse grupo aumentou a “corrida” por atestados, aumentando a suspeita de pessoas que burlam o sistema para serem vacinados. Amapá e Paraíba já investigam denúncias de fraude.
Em São Paulo, Luiz Artur Caldeira, coordenador de vigilância de saúde da prefeitura, admite que a principal forma de triagem para imunizar pessoas com comorbidades é a confiança na informação dada pelos pacientes. Porém, ele garante que os profissionais da saúde que recebem as informações estão capacitadas para fazer a análise dos documentos apresentados.