Ucrânia e Rússia trocam acusações por rompimento de barragem perto de Kherson

Os dois países trocam acusações pelo rompimento da barragem. Ordens de esvaziamento de cidades próximas foram emitidas

Da redação

Autoridades da Ucrânia confirmaram o rompimento de uma barragem em uma usina hidrelétrica em Kherson, no sul do país. A região é controlada por tropas de Moscou.

Os dois países trocam acusações pelo rompimento da barragem. Ordens de esvaziamento de cidades próximas foram emitidas.

Construída em 1956, durante a antiga União Soviética, a usina hidrlétrica de Nova Kakhova também é a principal fonte de abastecimento de água para a Península da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014; e para resfriar os reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia, que também está sob controle de Moscou.

O comando das forças armadas da Ucrânia acusou o exército russo de bombardear a barragem e informou que a extensão dos danos, assim como o volume de água estão sendo analisados. 

O governo de Kherson alertou que o nível da água pode alcançar um nível critico nas próximas cinco horas e ordenou que a população que vive em áreas próximas à represa abandone suas casas o quanto antes.

A TAAS, agência de notícias estatal russa, rebateu as acusações de Kiev e culpou os ucranianos pelo incidente. A agência também minimizou riscos para a estrutura da usina nuclear em Zaporizhzhia.

Conflito

Nesta segunda-feira (5), a Rússia afirmou que as forças locais frustraram uma grande ofensiva ucraniana na região de Donetsk, anexada por Moscou, mataram 250 soldados ucranianos e destruíram tanques e veículos blindados.

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, foi o responsável por informar o resultado da ofensiva do exército de Volodymyr Zelensky, mas a própria Ucrânia não falou sobre o suposto ataque.

De acordo com as Forças Armadas ucranianas, Moscou estava concentrando os esforços militares na ocupação total das regiões de Donetsk e Luhansk. Do outro lado da fronteira, as autoridades russas afirmaram ter repelido uma incursão de combatentes de Zelensky no domingo (4).

A Ucrânia já informou que está preparando uma contraofensiva para retomar o território ocupado por forças do Kremlin desde fevereiro de 2022, bem como a Península da Crimeia, que foi conquistada pelo exército de Vladimir Putin ainda em 2014.

Apesar do aviso, as autoridades ucranianas deram sinais confusos sobre o que a contraofensiva envolveria. Ainda não se sabe se serão ataques preliminares e limitados para enfraquecer as forças e instalações russas, ou um ataque simultâneo em larga escala em toda a linha de frente, de aproximadamente 1.100 quilômetros.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que a cidade de Bakhmut continua sendo o “epicentro das hostilidades” e que as tropas ucranianas estavam conduzindo “ações ofensivas” na linha de frente.

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