Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, fará neste sábado (20) seu primeiro comício depois de ter sofrido um ataque a tiros. Ele vai visitar o estado do Michigan ao lado do candidato a vice, J.D. Vance.
O Michigan é um dos estados-pêndulo nas eleições dos EUA, e conquistar o maior número de eleitores para o partido Republicano neste estado pode ser decisivo para Trump.
A convenção do partido do Trump terminou nesta sexta-feira (19). O candidato começou sua fala em tom pacificador, mas logo abriu artilharia pesada contra o adversário Joe Biden, do partido Democrata.
Ao subir no palco, Trump foi ovacionado pela militância. Em alusão ao tiro de raspão na orelha direita, o candidato disse várias vezes que poderia não estar ali e que foi salvo por Deus.
Em um raro momento de ponderação, Trump disse que a discórdia e a divisão da sociedade americana devem ser curados e que ele será o presidente de todo o país, não apenas de metade.
No evento, o candidato prestou uma homenagem ao bombeiro Corey Comperator, que morreu no atentado do último sábado. O tom pacificador, no entanto, não durou muito.
Na maior parte do discurso, Trump usou a velha e conhecida artilharia contra o atual governo. Sem provas, ele disse que terroristas estão entrando pela fronteira do México, que democratas usaram a Covid-19, que matou mais de 1 milhão de pessoas nos EUA, para fraudar as eleições de 2020.
O candidato republicano falou durante 1h32 – o discurso mais longo de uma convenção partidária na história americana.
Melania Trump também apareceu, mas ao contrário do que aconteceu em 2016 e 2020, a ex-primeira-dama não discursou na convenção deste ano.
O lutador Hulk Hogan também esteve presente na convenção e rasgou a camisa no palco em uma demonstração de força.
Fritura de Joe Biden continua
Enquanto Trump discursava na convenção republicana, a fritura do presidente Joe Biden continuava. Mais de 20 congressistas já se manifestaram publicamente pedindo para que Biden se retire do pleito.
Segundo o jornal The New York Times, pessoas próximas a Biden acreditam que ele avalia a hipótese de não ganhar a eleições em novembro e deixar a disputa. A campanha do democrata, no entanto, negou os rumores e garantiu que ele segue na campanha.