O trânsito mata 89 brasileiros por dia. Três a cada hora. Uma enxurrada de acidentes provocados por motoristas inconsequentes, que dirigem em altíssima velocidade, muitas vezes, bêbados. E que ainda fogem sem prestar socorro às vítimas.
Túnel Charitas-Cafubá, em Niterói na região metropolitana. O Audi aparece em alta velocidade e acerta em cheio na traseira de outros dois carros. Um dos veículos vai parar na faixa exclusiva para ônibus da linha Transoceânica.
O responsável pelo acidente, Leonardo Pestana Sales, de 29 anos, que dirigia o carro de luxo, aparece em uma imagem junto com a esposa que também estava no veículo. Eles estavam fugindo andando pelo túnel e não prestaram socorro aos feridos.
Dentro do automóvel que foi mais atingido, estava Sidinei Correia da Silva, de 59 anos. Ele ficou gravemente ferido, foi encaminhado ao hospital mas não resistiu.
Leonardo Pestana e a esposa foram localizados por policiais militares do segurança presente. A esposa admitiu aos agentes que ele dirigia o carro branco. Leonardo foi preso em flagrante.
A polícia acredita que o motorista estava a mais de 150 quilômetros por hora, mas ainda aguarda o resultado de laudos que vão apontar a velocidade exata que o veículo atingiu. Leonardo se recusou a fazer o exame do bafômetro e vai responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
A imprudência no trânsito que continua fazendo vítimas no Rio de Janeiro. Em julho desse ano, Fabio Toshiro morreu depois de ser atropelado na orla da barra da tijuca. Ele estava com a esposa, pouco depois de sair do próprio casamento.
Vitor Berlarmino, influenciador que dirigia o conversível que atingiu em cheio a vítima está foragido até hoje. A polícia encontrou marcas de sangue e bebida no carro. Testemunhas afirmaram que o corpo de Fábio ficou preso no veículo e que o influencer e outras amigas jogaram ele no chão e fugiram sem prestar socorro.
Em julho de 2022, também na avenida Lúcio Costa, a vítima foi um adolescente de 16 anos. João Gabriel foi atropelado e morreu ao ser atingido por outro influenciador, Bruno Krupp, que pilotava uma moto a mais de 100 quilômetros por hora e estava sem habilitação.